Bandeira e brasão do municipio de Icó - Estado do Ceará
A nossa querida ICÓ completa nesse dia 25 de Outubro 169 anos de emancipação política, a gestão municipal preparou uma agenda de festividades para comemorar essa data importante no calendário icoense com atividades culturais, muito forró, missa solene e show gospel em praça pública. Nesse contexto queremos compartilhar com você um pouco da nossa história e dessa forma refletirmos sobre os avanços e retrocesso que tivemos no decorrer da nossa história. Acreditamos que muita história foi construída por nossos antepassados que a seu tempo colaboraram para o progresso de nossa gente, porem muita história ainda será construída por homens e mulheres de bem que por amor a Icó desejam construir um futuro próspero de paz e harmonia.
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Programação da festa do municipio de Icó - 2011 |
CONHEÇA O HINO DO MUNICIPIO DE ICÓ
CONHEÇA UM POUCO DA NOSSA HISTÓRIA.
Icó é
um município brasileiro do estado do Ceará. A cidade foi à terceira vila
instalada no Ceará e possui um sítio arquitetônico datado do século XVIII. O
topônimo "Icó" pode ser uma alusão a:
· Uma
palavra da língua tapuia, onde i (água) + kó (roça),
tornando "água ou rio da roça";
·
Uma das
tribos que habitavam as margens do Rio Salgado, denominada ik.
·Uma
planta que poderia ter existido em abundância na região, o icozeiro, da família
das caparidáceas (Capparis yco), cujo fruto é o icó.
Sua denominação original era
"Arraial do Poço", depois "Povoação do Salgado",
"Arraial da Senhora do O", "Arraial Velho", "Ribeira
dos Icós", "Arraial Novo", "Arraial da Ribeira dos
Icós", "Icós" e, desde 1860, "Icó".
As terras entre as serras do Cafundó, Camará e às margens
do Rio Salgado eram habitadas por diversas etnias tapuias, entres elas os icó,
icozinho, janduí e quixelô.
A colonização das terras de Icó data do final do século
XVII e início do século XVIII. Os primeiros colonizadores da cidade eram
conhecidos como "os homens do (Rio) São Francisco", que faziam parte
de uma das frentes de ocupação do território cearense, a do "sertão de
dentro", dominada pelos baianos, que serviu para tentar ocupar todo o
interior cearense.
A entrada de Bartolomeu Nabo de Correia e mais 40 homens,
chegou em 1683 e deu início à povoação conhecida como "Arraial Novo dos
Icós", a sua primeira fase. Numa segunda fase, famílias se instalaram
através das sesmarias e assim surgiram dois povoados às margens do Rio Salgado:
o "Icó de Baixo" e o "Icó de Cima". Ambos, povoados
dominados pelos membros das famílias Fonseca e Monte, respectivamente. Devido
às constantes inundações, o povoado que prevaleceu foi o "Icó de Cima”. Tanto na fase de descobrimento
quanto na de assentamento, os conflitos com os indígenas foram constantes, até
que a Igreja Católica interveio e conseguiu um tipo de pacificação.
A povoação foi elevada a vila em 1738, a terceira vila do
Ceará, logo após Aquiraz e Fortaleza. Em 1842, obteve a
categoria de cidade. Devido a sua importância econômica, Icó foi uma das
cidades que tiveram projetos urbanísticos planejados na corte, Lisboa.
Com a intensificão e o sucesso da indústria da carne-seca
e do charque no Ceará, Icó destacou-se durante esta áurea época como um dos
três centros comerciais e de serviços do estado, juntamente com Sobral e Aracati,
devido à abundância de água, localização estratégica na rota das boiadas. A
"Estrada Geral do Jaguaribe" escoava as boiadas entre as fazendas de
gado do Sertão do Cariri ao porto e centro de salgagem da carne salgada de
Aracati. A "Estrada das Boiadas" ou "Estrada dos Inhamuns"
escoava o gado e os produtos entre a Paraíba e o Piauí.
A partir do século XIX, com o final do Ciclo da Carne do
Ceará, as plantações de algodão e café foram implementadas. Já na segunda
metade deste a iluminação pública foi instalada. Mesmo assim, Icó enfrentou um
processo de degradamento político e econômico devido ao crescimento da
importância política do Crato e depois com a expansão da Estrada de Ferro de
Baturité até a cidade do Crato em 1910, o que favoreceu o comércio de Iguatu.
Na primeira metade do século XX, Icó volta a ter
importância devido ao projeto de combate às secas
com o Açude Lima Campos
e a BR-116.
A maior concentração populacional encontra-se na zona
rural. A sede do município dispõe de abastecimento de água, fornecimento de
energia elétrica, serviço telefônico, agência de correios e telégrafos, serviço
bancário, hospitais, hotéis, ensino de 1° e 2° graus e a Faculdade Vale do
Salgado (FVS).
A partir de Fortaleza o acesso ao município, pode ser
feito por via terrestre através da rodovia BR-116. As demais vilas, lugarejos, sítios e fazendas
são acessíveis (com franco acesso durante todo o ano) através de estradas
estaduais, asfaltadas ou carroçáveis.
A economia local é baseada na agricultura: algodão
arbóreo e herbáceo, banana, milho, feijão, mandioca, cana-de-açúcar, castanha
de caju e frutas diversas; pecuária: bovino, avícola, ovino, caprino e suíno.
Ainda existem vinte e nove indústrias: quatro de perfumaria, sabão e velas, uma
de química, dez de produtos alimentares, três de madeira, quatro de produtos
minerais não metálicos, seis de serviços de construção, uma de vestuário,
calçados e artigos de tecidos de couro e peles.
O extrativismo vegetal também é presente na fabricação de
carvão vegetal, extração de madeiras diversas para lenha e construção de
cercas. As atividades da extração da oiticica e carnaúba são amplamente exploradas.
A confecção de artesanato de redes, chapéus de palha e bordados destaca-se
também como fonte de renda. A extração de rocha para cantaria, brita e uso
diverso na construção civil é uma das atividades de mineração. A piscicultura é
desenvolvida nos açudes locais, principalmente no açude Lima Campos.
O turismo também é uma das fontes de renda, devido a
belezas naturais, como o Rio Salgado e em destaque pelo sítio histórico barroco
oriundo do ciclo do charque e carne-seca, época de que esta cidade foi entreposta
entre as capitais e o interior do Nordeste. O sítio arquitetônico de Icó, faz
parte do Patrimônio Histórico Nacional.
O sítio arquitetônico de Icó
Um sitio que é formado pelo perímetro urbano planejado
pela Metrópole, na primeira metade do século XVII. Um projeto urbanístico com:
ruas bem traçadas e retas (delimitando quadras relativamentes uniformes),
praças bastante amplas, prédios públicos. O sítio nuclear situa-se entre as
atuais ruas: sete de Setembro, Ilídio Sampaio e Benjamin Constant, fechando-se
ao lado leste com a praça principal.
·
Teatro
da Ribeira dos Icós: datado de 1860, obra do arquiteto Henrique Théberge,
filho do médico e historiador que financiou esta obra neoclássica, Pedro
Théberge. É o mais antigo teatro do estado do Ceará. É formado de dois
pavimentos, no térreo encontram-se três galerias; no primeiro andar
encontram-se camarotes superiores.
·
Casa
de Câmara e Cadeia: datada da segunda metade do século XVIII, foi uma das mais
seguras cadeias de sua época. Seus portões são verdadeiras fortalezas. As celas
possuem um dos mais perfeitos esquemas de segurança, com paredes que possuem
uma espessura é de um metro e meio, as chaves das celas são únicas e pesam
aproximadamente meio quilo cada uma. No seu interior encontra-se a capela
penitenciária com a imagem de São Domingos (protetor dos presidiários). O
prédio compõe-se de dois pavimentos. No andar superior funcionou a Câmara e no
térreo funcionou a Cadeia Pública. Atualmente está inativa e passará pelas
últimas reformas de restauração.
·
Igreja
de Nossa Senhora da Expectação: Igreja em estilo barroco. Ao lado da igreja
encontra-se o cemitério centenário.
FONTE: Site do Wikipédia - a enciclopédia livre na internet - 24/10/2011
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