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"Educar é crescer. E crescer é viver. Educação é, assim, vida no sentido mais autêntico da palavra". (Anísio Teixeira)


terça-feira, 21 de junho de 2011

Alan García declara que Peru está livre do analfabetismo


O presidente Alan García declarou nesta segunda-feira que o Peru está "livre do analfabetismo", já que conseguiu reduzir a taxa de 11% para 2,8% durante seu governo, um número que, no entanto, não foi endossado por organismos internacionais. O líder peruano qualificou esta redução como algo "transcendental e histórico para o país", mas alguns analistas consideram esses dados pouco realistas e baseados em um conceito de alfabetização um tanto simplista.
"Consideraram um indivíduo que aprendeu a assinar seu nome e a adquirir alguns dados pessoais como uma pessoa alfabetizada. Isso não é realista", opinou à Agência Efe Madeleine Zúñiga, coordenadora nacional da organização Campanha Peruana pelo Direito à Educação. Estas críticas não impediram García de  organizar uma grande celebração nesta segunda-feira no Palácio do Governo para comemorar os resultados do Programa Nacional de Mobilização pela Alfabetização (Pronama), por meio do qual, segundo o Executivo, mais de um milhão e meio de peruanos aprenderam a ler e a escrever. Madeleine afirmou que o anúncio de García pode ser comparado a uma medida populista similar à realizada por Hugo Chávez na Venezuela, que declarou em 2005 que seu país estava "livre do analfabetismo". Posteriormente, o Equador, a Nicarágua e a Bolívia também alegaram obter o mesmo resultado. "Eu tinha a esperança de que aqui não cometeriam este erro, mas pelo visto o presidente decidiu fazer de qualquer maneira. Na realidade não houve nenhuma avaliação séria envolvida", acrescentou a analista. A coordenadora da Campanha Peruana pelo  Direito à Educação acrescentou que a realização do anúncio pode fazer com que os programas de alfabetização sejam deixados de lado quando "ainda há muito o que fazer". "Este programa também não atinge a raiz do problema, que é a pobreza. Ninguém deixou de estudar porque quis, mas porque não foi possível assistir as aulas, porque não há escolas e nem professores", afirmou. Na cerimônia realizada nesta segunda-feira no Palácio do Governo, um dos últimos atos de García como presidente antes de seu sucessor Ollanta Humala assumir o poder em 28 de julho, o líder peruano contou com a presença de embaixadores. Segundo dados do governo, no Pronama participaram 216 mil alfabetizadores e 15 mil supervisores que utilizaram material de texto em nove línguas nativas, assim como braile e linguagem dos sinais.

FONTE: Portal Terra Educação, 13/06/2011.

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