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"Educar é crescer. E crescer é viver. Educação é, assim, vida no sentido mais autêntico da palavra". (Anísio Teixeira)


sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Multidão protesta na AL e Batalhão de Choque é acionado


Alunos se uniram a professores e lotaram a Assembleia Legislativa para pressionar parlamentares a apoiá-los no embate com o Governo que tem como pano de fundo a implementação do piso salarial da categoria (FOTO DEIVYSON TEIXEIRA)


A greve dos professores da rede estadual de educação teve ontem seu momento de maior tensão. O Batalhão de Choque da Polícia Militar foi acionado pela Assembleia Legislativa para prevenir que o grupo de manifestantes que lotavam o prédio do Poder Legislativo invadisse o plenário em pleno curso de sessão ordinária - a exemplo do que aconteceu em maio durante greve dos professores da rede municipal, quando manifestantes do Sindiute invadiram e interromperam a sessão da Câmara Municipal.

Membro da Casa Militar, o coronel Menezes informou ao O POVO que houve um pequeno conflito durante a chegada dos manifestantes, mas que não foi registrado nenhum confronto corporal entre os manifestantes e o batalhão de choque.

Após trajeto pela avenida Desembargador Moreira, partindo da Praça da Imprensa, os manifestantes chegaram à Assembleia fazendo muito barulho. Latas, apitos e instrumentos musicais se transformaram em armas de protesto. O clima ficou tenso e a presença do batalhão de choque incomodou os manifestantes, que reagiram intensificando a barulheira. A frase “Educação já!” chegou a ser pichada com tinha vermelha dentro da Assembleia, o que teria causado a revolta do presidente da Casa, Roberto Cláudio (PSB).

De Brasília, Cláudio teria mandado avisar aos manifestantes e ao Sindicato dos Professores do Estado do Ceará (Apeoc) que se o patrimônio público continuasse sendo prejudicado, a Assembleia poderia se retirar de seu papel de mediadora do conflito entre professores e Governo do Estado. O relato da fala de Cláudio foi feito pelo presidente em exercício, Tin Gomes (PHS), durante reunião acertada às pressas entre os deputados e os comando de greve, para tentar acalmar os ânimos acirrados que acabaram interrompendo a sessão em curso.

Sessão suspensa
Apesar de não entrarem no plenário, os manifestantes – a maioria estudantes que apoiam as reivindicações de seus mestres – conseguiram forçar o encerramento da sessão que estava em curso. Nas galerias do povo, localizadas sobre o plenário, manifestantes fizeram barulho suficiente para atrapalhar a fala dos deputados. Tin, que presidia a sessão, pediu silêncio, mas de nada adiantou e o presidente acabou cancelando a sessão.

Em seguida, um grupo de deputados interessado no assunto se juntou a Tin para receber uma comissão de professores e alunos. No encontro, professores se disseram vítima de “assédio moral” em função da frase atribuída ao governador Cid Gomes (PSB), que teria afirmando que professores deveriam trabalhar por amor, não por dinheiro. O líder do governo, Antônio Carlos (PT), se comprometeu a tentar agendar uma reunião entre professores com um representante do Governo, até amanhã.

A manifestação dos professores estaduais contou com diversos apoiadores. O vereador João Alfredo (Psol) foi à Assembleia para participar das negociações. O grupo Crítica Radical também estava presente, assim como a diretora do Sindiute, Gardênia Baima.

Por quê

ENTENDA A NOTÍCIA

Professores defendem a implementação do piso salarial – segundo eles, calculado em R$ 1.597,00 – e mais pagamento da progressão funcional descrita no plano de cargos e carreiras, que prevê percentuais de aumento na remuneração a cada novo título acadêmico do professor.

ENTENDA O CASO

5/8 – Professores realizam assembleia e decidem entrar em greve. A paralisação foi motivada por discordância dos professores com proposta de reajuste oferecida pelo Governo do Estado. Pela proposta, professores de nível superior teriam vencimento iniciais de R$ 2 mil. Categoria não concordou com proposta.

19/8 – Governo ingressa na Justiça com pedido de decretação de ilegalidade da greve dos professores.

25/8 – Alunos e professores ocupam Assembleia Legislativa e realizam manifestação. O presidente da Assembleia, Roberto Cláudio (PSB), recebe professores para uma reunião. Assembleia começa a intermediar o diálogo entre a categoria e o governo.

26/8 – Após anunciar que não enviará mais à Assembleia a proposta de reajuste temida pelo sindicato Apeoc, o Governo propõe zerar a negociação com os professores e abrir todos os dados do orçamento da educação para os próprios professores elaborem uma proposta viável.

29/8 – Justiça determina que greve é ilegal. Revoltados, professores decidem manter a greve.

1º/9 – Professores ocupam Assembleia e fazem a mais tensa das manifestações.


Pedro Alves
pedroalves@opovo.com.br
Veja as notícias relacionadas. Governo e professores analisam acordo
 
Espaço dos leitores
Pedro Junior 02/09/2011 13:37
Pena que perante o que esta acontecendo com a educação do nosso estado que aos poucos vêem se agonizando, a preocupação maior é com uma pichação, o povo engole um boi e se engasga com um mosquito.
Roberto 02/09/2011 13:37
Quando é para ajustar salário deles, esses deputados nem precisam reinvidicar! Ô raça imunda, essa de políticos!
ANA KATARINA 02/09/2011 13:08
VAMOS DIZER NAO A FAMILIA GOMES NAS PROXIMAS ELEIÇOES........... FORA CID GOMES..........PAULO GOMES.........TIN GOMES...........CIRO GOMES...............
Mauricio Cruz 02/09/2011 13:07
Pelo que foi aprontado na Assembleia, foi que me levou a formar opinião em favor da área de segurança em torno do Palácio da Abolição e a residência do Governador. Não pela grande maioria dos professores, notadamente ordeira, mas pelos vândalos que se infiltram dentre os manifestantes, somente para criar problemas, cumprindo aquela ideologia 'do quanto pior melhor'.
ANA KATARINA 02/09/2011 13:04
PROFESSOR TRABALHA POR AMOR.....MAS O GOVERNADOR..........CID DOE O SEU DINHEIRO E TRABALHE POR AMORRR!!!!!!!!!!!

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